A suposta taxação do Pix: o que é verdade e o que é mito?
Nos últimos dias, notícias sobre uma suposta taxação do Pix têm causado preocupação entre consumidores, comerciantes e prestadores de serviços. Informações falsas disseminadas nas redes sociais geraram confusão e abriram espaço para golpes. Vamos esclarecer essa polêmica, separando fatos de mitos e orientando como se proteger.
O que motivou as Fake News sobre a taxação do Pix?
O surgimento das fake news foi impulsionado por uma atualização feita pela Receita Federal nas regras de monitoramento financeiro. A medida exige que bancos e instituições financeiras informem movimentações acima de determinados valores:
- R$ 5 mil por mês para pessoas físicas.
- R$ 15 mil por mês para pessoas jurídicas.
Essa atualização inclui o Pix no sistema de monitoramento que já abrange TED, DOC e boletos. Contudo, não representa a criação de um novo imposto. A Receita Federal deixou claro que o objetivo é apenas reforçar a fiscalização de possíveis irregularidades, como sonegação de impostos e lavagem de dinheiro.
O Pix será taxado?
Não. Segundo Robinson Barreirinhas, secretário da Receita Federal, o Pix permanece isento de tributação direta. A Constituição Brasileira não permite a criação de um imposto sobre movimentações financeiras sem uma alteração legislativa significativa. Portanto, qualquer notícia afirmando o contrário é falsa.
Golpes e cobranças indevidas
A confusão em torno das fake news foi explorada por golpistas e gerou práticas irregulares, como cobranças indevidas por parte de comerciantes. Exemplos incluem:
- Fortaleza: Um aposentado foi cobrado 15% a mais em uma consulta veterinária, sob a justificativa falsa de que o banco cobraria uma taxa pelo Pix.
- São Paulo: Uma papelaria suspendeu pagamentos via Pix devido ao medo de prejuízos financeiros, causando transtornos aos clientes.
O que diz o procon?
- Cobrança extra pelo Pix é ilegal. Não há custo adicional para o recebedor.
- Mudanças nas formas de pagamento devem ser informadas com antecedência.
Como se proteger de golpes
- Desconfie de mensagens suspeitas: Órgãos oficiais, como a Receita Federal, não solicitam pagamentos por WhatsApp, e-mail ou ligações.
- Use fontes confiáveis: Confirme informações nos sites da Receita Federal ou do Banco Central.
- Denuncie práticas irregulares: Relate ao Procon comerciantes que cobrem taxas extras pelo Pix.
- Evite links duvidosos: Golpistas podem usar links para comprometer seus dados pessoais.
Mitos e verdades sobre o monitoramento do Pix
- “Pix acima de R$ 5 mil será taxado.”
Mito. A atualização diz respeito apenas ao monitoramento fiscal, sem custo adicional para o consumidor. - “A Receita terá acesso ao perfil detalhado dos meus gastos.”
Mito. O órgão só terá conhecimento do valor total movimentado, preservando o sigilo bancário. - “Ganhos acima de R$ 5 mil precisam ser declarados.”
Verdade. Valores mensais superiores a R$ 5 mil devem ser declarados no Imposto de Renda, caso você não esteja isento.
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