Entenda a medida que pode afetar fortemente sua empresa
Em 9 de julho de 2025, o governo dos Estados Unidos anunciou a imposição de uma tarifa de 50% sobre todos os produtos importados do Brasil. A medida entra em vigor no dia 1º de agosto de 2025 e promete gerar impactos profundos nas finanças e na carga tributária das empresas brasileiras exportadoras.
Neste artigo, você vai entender:
•Quais setores serão mais impactados;
•Como a carga tributária total pode ultrapassar 70% sobre o valor exportado;
•O que sua empresa pode fazer para se proteger e agir estrategicamente.
A justificativa oficial do governo americano foi a retaliação diplomática ao atual governo brasileiro e possíveis violações de acordos comerciais. Na prática, o que se vê é um movimento protecionista com fortes efeitos econômicos, principalmente sobre setores estratégicos da economia brasileira.
Quais empresas e setores serão mais atingidos?
1. Petróleo e derivados – Petrobras
•Exportações superiores a US$ 7 bilhões ao ano.
•Altamente exposta à tarifa de 50%, com perda imediata de margem.
2. Petroquímicos e plásticos – Braskem
•Exporta resinas e polímeros para os EUA.
•Produtos químicos entrarão na lista de maior tarifa histórica aplicada ao setor.
3. Mineração e siderurgia – Vale, CSN, Ternium
•Ferro e aço já sofriam com tarifas anteriores. Agora, a competitividade despenca.
4. Carne bovina e derivados – JBS, Marfrig, Minerva
•Tarifa reduz a atratividade da carne brasileira no mercado americano.
•O setor é responsável por milhares de empregos e milhões em tributos no Brasil.
5. Celulose e papel – Suzano
•Exportações com margens sensíveis. A tarifa pode inviabilizar contratos com os EUA.
6. Bebidas e alimentos – suco de laranja, café, açúcar
•Produtos com alta elasticidade de substituição. EUA podem buscar fornecedores alternativos.
Qual a carga tributária total sobre uma exportação?
Além da nova tarifa americana de 50%, as exportações brasileiras já enfrentam uma série de tributos internos, como:
Tributo Alíquota média
PIS e Cofins 9,25% – 12%
ICMS (interestadual ou interno) 12% – 18%
IPI 5% – 15%
IRPJ + CSLL 34% sobre lucro
Outros (Funrural, etc.) 1% – 4%
Nova tarifa EUA 50%
➡️ Carga total estimada sobre o valor exportado: 60% a 80%.
Exemplo:
Se uma empresa exporta US$ 1 milhão, poderá ter apenas US$ 200 mil de margem bruta, antes das demais despesas operacionais e cambiais.
Quais são os principais riscos?
•Perda de contratos internacionais
•Erosão de margem de lucro
•Desestímulo à exportação
•Risco de demissões em setores industriais e agroindustriais
•Aumento do custo do produto brasileiro no exterior
O que sua empresa pode fazer?
1. Rever contratos internacionais
Negociar cláusulas de revisão de preço (hardship) e repactuação comercial.
2. Ativar planejamento tributário estratégico
Reduzir impacto interno por meio de regimes especiais como drawback, suspensão de tributos e ZPE (Zona de Processamento de Exportação).
3. Reestruturar operações logísticas
Avaliar triangulação via países com acordos comerciais ativos com os EUA.
4. Avaliar redirecionamento de mercado
Explorar mercados alternativos (Europa, Ásia, América Latina) menos expostos a barreiras tarifárias.
5. Consultar especialistas em Direito Tributário e Comércio Exterior
A atuação conjunta com advogados tributaristas é fundamental para preservar o caixa da empresa, respeitar a legislação e manter a competitividade internacional.
A tarifa de 50% imposta pelos EUA cria um novo cenário para o Brasil. O impacto não é apenas nas exportações, mas na estrutura de custos, na carga tributária e na própria sobrevivência de negócios inteiros.
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