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Nos últimos anos, a Inteligência Artificial (IA) tem se consolidado como uma das tecnologias mais transformadoras do século XXI, e o Brasil não ficou para trás nessa revolução. Empresas, universidades e o governo brasileiro têm investido cada vez mais em pesquisas e aplicações práticas de IA, impulsionando o crescimento de setores como saúde, agronegócio, finanças e muitos outros.

Embora o avanço da IA traga inúmeros benefícios, ele também levanta questões éticas e desafios. A privacidade dos dados, a automação do trabalho e a responsabilidade no uso de algoritmos são temas que precisam ser discutidos e regulados para garantir um desenvolvimento sustentável e inclusivo.

As tecnologias de inteligência artificial (IA) estão no radar e no cotidiano dos brasileiros. Uma pesquisa do Instituto Ideia, divulgada no Brazil Forum UK, evento organizado por estudantes no Reino Unido, revela que 73% da população veem necessidade de se criar regras para o uso da tecnologia, enquanto 12% são contrários e outros 15% não sabem se posicionar.

O governo foi o mais citado como agente que deveria regular a IA (21%). A maior fatia respondeu não saber (29%).

O levantamento não perguntou sobre um modelo específico de regulação. Um projeto que trata do tema já está em tramitação no Congresso. A proposta de autoria do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), cria o Sistema Nacional de Regulação e Governança de Inteligência Artificial, uma estrutura para implementar e fiscalizar o cumprimento da lei, e define diretrizes para o desenvolvimento, implementação e uso de sistemas de inteligência artificial no país.

Veja a percepção sobre IA no Brasil, segundo pesquisa

Sabe reconhecer imagens ou vídeos gerados por IA:

NÃO

59%

SIM 

41%

Usa IA no dia a dia:

SIM 

43%

NÃO 

42%

NÃO SABE 

15%

Apontam necessidade de criar regras para o uso da IA:

SIM 

73%

NÃO 

12%

NÃO SABE 

15%

A iniciativa também diz que “todo sistema de inteligência artificial passará por avaliação preliminar realizada pelo fornecedor para classificação de seu grau de risco”. Os conteúdos podem ser classificados como de “risco excessivo” ou, em casos mais graves, de “alto risco”. Entre os principais riscos representados pela IA apontados pelos brasileiros, está seu uso para golpes (56%), seguido de falta de privacidade (43%), falsidade ideológica (37%), desinformação (36%) e segurança digital (36%).

Frente aos desafios e benefícios das tecnologias, há divisão entre os brasileiros em relação a como percebem esses recursos. São 33% os que se dizem otimistas com a IA, enquanto 32% afirmam estar preocupados. Outros 34% contam não saber como se sentir.

Fator de alerta para especialistas em meio à popularização de serviços de IA generativa, detectar imagens e vídeos falsos é uma dificuldade para a maioria: 59% declararam não saber como reconhecê-los, contra 41% que se dizem capazes de fazer a distinção.

 Chegam a 43% os que afirmam empregá-las — a maioria em redes sociais. Nesse grupo, 18% citam adotar ferramentas para gerar textos e imagens, como ChatGPT ou Bard.

Ferramentas de IA mais usadas:

REDES SOCIAIS 

54%

MECANISMOS DE BUSCAS 

46%

APLICATIVOS DE GPS 

41%

APLICATIVOS DE CORRIDAS 

41%

SERVIÇOS DE STREAMING 

37%

APLICATIVOS DE DELIVERY DE COMIDA 

31%

ASSISTENTES VIRTUAIS 

23%

IA GENERATIVA, COMO CHATGPT, BARD E JENNI AI 

18%

— O nível de desconhecimento sobre a IA no Brasil é generalizado — frisa o fundador do Instituto Ideia.

A pesquisa do Instituto Ideia entrevistou 1.073 brasileiros de todas as regiões em 17 de maio. A margem de erro é de três pontos percentuais para mais ou menos e o nível de confiança é de 95%.

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