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A Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD) iniciou uma fiscalização sobre o uso de sistemas de reconhecimento facial por 23 clubes de futebol no Brasil. A medida tem como objetivo garantir que o tratamento de dados biométricos de torcedores esteja em conformidade com a Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD), protegendo os direitos dos cidadãos.

Por que a ANPD está investigando?

Os sistemas de reconhecimento facial estão sendo utilizados na venda de ingressos e no controle de entrada dos estádios, o que levanta preocupações sobre privacidade e segurança dos dados. A ANPD quer entender como os clubes coletam, armazenam e utilizam essas informações, além de garantir que os torcedores tenham transparência sobre o uso de suas informações biométricas.

Um dos pontos centrais da fiscalização é a proteção de dados biométricos de crianças e adolescentes, considerados um público vulnerável pela LGPD. A ANPD quer verificar se há garantias de que o tratamento dessas informações respeita o melhor interesse dos menores.

O que os Clubes precisam fazer?

Os clubes de futebol receberam um prazo de 20 dias úteis para fornecer informações detalhadas sobre o funcionamento dos sistemas de reconhecimento facial. Entre as exigências da ANPD, estão:

  • Explicação dos procedimentos de cadastramento e identificação biométrica;
  • Justificativa para a necessidade do reconhecimento facial na venda de ingressos;
  • Apresentação de Relatórios de Impacto à Proteção de Dados Pessoais (RIPD);
  • Demonstração de medidas para proteção de dados de crianças e adolescentes.

Impactos para os torcedores

A fiscalização da ANPD pode gerar mudanças na forma como os clubes utilizam o reconhecimento facial. Se forem identificadas falhas no cumprimento da LGPD, os clubes poderão ser obrigados a ajustar suas políticas ou até mesmo interromper o uso dessa tecnologia.

Para os torcedores, isso representa um passo importante na proteção da privacidade, garantindo mais transparência e controle sobre o uso de seus dados pessoais ao frequentar os estádios.

Com o avanço das tecnologias de reconhecimento facial traz benefícios em segurança e agilidade, mas também exige atenção redobrada com a privacidade dos usuários. A ação da ANPD reforça a importância da conformidade com a LGPD e pode servir de modelo para outras iniciativas que envolvem o tratamento de dados biométricos.

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Fonte: Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD)

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